01/07/2011

FROTA DE VEÍCULOS DE CURITIBA DOBRARÁ EM 10 ANOS!



  Segundo estatísticas, a frota de veículos em Curitiba dobrará nos próximos 10 anos, atingindo 2,1 milhões de veículos. Isso se for mantido o ritmo de crescimento de 38,63% dos últimos cinco anos (2003-2008). 
Hoje a cidade já é a capital mais motorizada do país (tem 1 veículo automotor para 1,63 habitante), 
com uma frota de 1.097.030 unidades para uma população de 1.828.092 – dados de 2008.
  Número de veículos em outros municípios da região metropolitana cresce a taxas ainda maiores, contribuindo para os congestionamentos na capital. A frota dobrou no período em Almirante Tamandaré e quase dobrou em Colombo, Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais. Essas e outras cinco cidades vizinhas podem jogar juntas mais 366.884 veículos no trânsito da capital (veja mais no quadro ao lado).
  De acordo com Fábio Duarte, diretor do mestrado de Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o movimento pendular feito pelos moradores da cidades vizinhas que vêm todo dia para Curitiba é um fatores dos congestionamentos encontrados na capital. “Dizem que a frota de Curitiba é menor do que apontam os números, porque há empresas que licenciam seus veículos aqui e eles circulam em outras cidades, mas, da mesma maneira, há muito carro vindo de outros municípios da região metropolitana para Curitiba”, lembrou.
Segundo especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, para virar o jogo e tirar parte dos carros das ruas, reduzindo o tráfego de veículos, Curitiba precisa olhar o modelo adotado por cidades francesas como Paris e Lyon, que priorizaram a bicicleta; melhorar o seu transporte coletivo, ou, simplesmente, investir pesado no metrô.
  Para Carlos Hardt, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR e especialista em circulação e planejamento urbano, o transporte coletivo da cidade não é tão bom a ponto de ele decidir deixar o seu carro em casa. “O transporte precisa aliar tempo, conforto e preço”, explica. “Para você deixar o seu carro em casa é preciso ter uma vantagem. Isso porque o carro tem o seu grau de conforto, a pessoa faz o seu itinerário, horário, pode escolher o que vai ouvir no trajeto.” Hardt lembra ainda que a própria discussão do metrô passa por aí. “Quem tem condições de pegar o metrô certamente vai deixar o carro em casa”, prevê. “Isso vai fazer aumentar o número de passageiros do transporte coletivo.”
  Por enquanto, em Curitiba, ainda é mais barato andar de carro do que de ônibus em pequenos percursos (inferiores a 7 km). A prova é que o transporte  coletivo da capital perdeu 600 mil passageiros por mês de janeiro a abril deste ano. Já sobre o uso de bicicletas, a prefeitura ainda não encontrou uma solução para explorar seis bicicletários existentes na cidade.

(Matearia da Gazeta do Povo - Caderno Vida e Cidadania) 

2 comentários:

  1. Concordo com o metrô mas só deixo meu carro em casa se for sentado e não nesta superlotação comum nestes ônibus! Deveria ser proibido ir gente em pé, mas enquanto a máfia do transporte coletivo comandar vai ser difícil isso acontecer.

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  2. IZAAQUE VICTOR DA SILVA2 de novembro de 2011 às 04:24

    Acredito que em pouco tempo a frota de veiculos em Curitiba triplicará. O bom disso é que esses veiculos circularão em cidades como São Paulo e outras Capitais. Ontem contei aqui em SP, num estacionamento vizinho, 28 carros com placa de Curitiba, pertencentes a uma empresa sediada aqui na capital paulista. Veja o exemplo da frota das Casas Bahia. Seus 1600 veiculos circulam pelo Brasil com placa de Curitiba.

    Izaaque Victor da Silva - Carandiru - S Paulo.

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